Eis o meu palpite: existe por aí muita bicicleta comprada nos anos 90 que foi remetida para um canto da arrecadação, ou outro lugar menos digno, e que agora começam a ser reabilitadas por muitos dos seus compradores de então ou amigos e familiares que entretanto se apoderaram delas. Isto, claro, com base no que vejo pela cidade nos dias mais recentes - várias pessoas a usar essas bicicletas de montanha com quadros de aço, mudanças de fricção (daquelas que mudam ao sabor do suave desvio do manípulo em vez do mais moderno clique dos sistemas indexados) e travões cantilever.
Foi com uma bicicleta em tudo igual às suas contemporâneas que comecei a fazer as minhas primeiras viagens urbanas, dentro e fora do subúrbio onde vivia. Era uma "Alpestar", que convivia com nomes sonantes à época tais como "Esmaltina" e "IBA", só para referir dois de uma extensa lista. A minha Alpestar azul custara nova 20 contos (100 Euros) e fez-me poupar muitos mais em transportes. Foi ela a minha salvação quando os meus amigos começaram a ter mota, proporcionando-me a alternativa mais rápida para os acompanhar nos seus ruidosos motores de 50 centímetros cúbicos. Hoje agradeço aos meus pais o privilégio de não me terem cortado esse prazer ao proibirem-me de ter uma mota, decisão que na altura me custava muito aceitar.
A minha Alpestar azul ainda existe e permanece na posse da família. O quadro tornou-se pequeno demais para o meu tamanho mas continuo a recomendá-la para circular na cidade. De resto, a década de 1990 foi marcada pela generalização do uso das bicicletas de montanha, que haviam sido inventadas no final dos anos 70, tanto nos modelos menos sofisticados e mais baratos, dedicados ao passeio, como no crescimento da modalidade desportiva que lhes está associada.
Em certa medida, as bicicletas de montanha representaram uma libertação dos constrangimentos inerentes aos modelos de estrada, de ciclocross, às pasteleiras e às BMX, que existiam até então, introduzindo algo novo no campo de possibilidades - uma bicicleta mais robusta, leve e apta para todo-o-terreno. Passados vários anos, vivemos hoje sob um paradigma quase contrário; as bicicletas de montanha dominam na maioria das lojas dedicadas, ofuscando e limitando a oferta de outros modelos a um ou dois exemplares de cada. Mas a situação já foi mais grave e parece começar a inverter-se à medida que cresce a procura por modelos mais citadinos.
Nada disto, porém, afecta o carisma dessas primeiras bicicletas de montanha "tão anos 90". Até porque, quando comparadas com as mais modernas de alumínio, várias suspensões, travões de disco e outros apetrechos, é a sua simplicidade que se sobrepõe aos excessos da ânsia tecnológica.
Foi com uma bicicleta em tudo igual às suas contemporâneas que comecei a fazer as minhas primeiras viagens urbanas, dentro e fora do subúrbio onde vivia. Era uma "Alpestar", que convivia com nomes sonantes à época tais como "Esmaltina" e "IBA", só para referir dois de uma extensa lista. A minha Alpestar azul custara nova 20 contos (100 Euros) e fez-me poupar muitos mais em transportes. Foi ela a minha salvação quando os meus amigos começaram a ter mota, proporcionando-me a alternativa mais rápida para os acompanhar nos seus ruidosos motores de 50 centímetros cúbicos. Hoje agradeço aos meus pais o privilégio de não me terem cortado esse prazer ao proibirem-me de ter uma mota, decisão que na altura me custava muito aceitar.
A minha Alpestar azul ainda existe e permanece na posse da família. O quadro tornou-se pequeno demais para o meu tamanho mas continuo a recomendá-la para circular na cidade. De resto, a década de 1990 foi marcada pela generalização do uso das bicicletas de montanha, que haviam sido inventadas no final dos anos 70, tanto nos modelos menos sofisticados e mais baratos, dedicados ao passeio, como no crescimento da modalidade desportiva que lhes está associada.
Em certa medida, as bicicletas de montanha representaram uma libertação dos constrangimentos inerentes aos modelos de estrada, de ciclocross, às pasteleiras e às BMX, que existiam até então, introduzindo algo novo no campo de possibilidades - uma bicicleta mais robusta, leve e apta para todo-o-terreno. Passados vários anos, vivemos hoje sob um paradigma quase contrário; as bicicletas de montanha dominam na maioria das lojas dedicadas, ofuscando e limitando a oferta de outros modelos a um ou dois exemplares de cada. Mas a situação já foi mais grave e parece começar a inverter-se à medida que cresce a procura por modelos mais citadinos.
Nada disto, porém, afecta o carisma dessas primeiras bicicletas de montanha "tão anos 90". Até porque, quando comparadas com as mais modernas de alumínio, várias suspensões, travões de disco e outros apetrechos, é a sua simplicidade que se sobrepõe aos excessos da ânsia tecnológica.
4 comentários:
á medida que utilizo a bicicleta no meu dia-a-dia, é cada vez maior o numero de bicicletas que encontro sobretudo presa a postes. Será isto sinal que há mais pessoas a utilizar a bicicleta diariamente? Penso que sim. Em breve espero enviar algumas fotos que tenho tirado. Gostava de ver mais pasteleiras e menos de montanha, mas esta questão estética é secundária.
Boa tarde,
Gostei particularmente deste post onde se já se denota nostalgia pelas biclas dos anos 90... A minha primeira bicicleta a sério foi uma destas todo terreno de aço com mudanças shimano SIS como descreve, tive-a de março 1995 até setembro de 2008. Esta minha bicicleta era da marca Ibéria e chamava-se Amália, foi roubada. Desde que a perdi, fiquei com a tal nostalgia por estas bicicletas dos anos 90 cuja estética parece não atrair ninguem.. Eu gosto destas bicicletas de montanha parecidas à Amalia e fiquei contente por ver que não sou unico a achar piada a este tipo de bicicletas que estão em vias de desaparecimento nos estabelecimentos comerciais mais cosmopolitas.
Cumprimentos
o frustrado que nunca pode ter uma mota e que vendeu uma carripana para comprar uma pasteleira LOL
és o pior Ricas.
Vi-te na sic mulher. ridículo...
abraços da tua ex-zona suburbana.
olá eu chamo-me josé e um familiar meu tem uma bike vermelha um pouco escuro a marca da bike é -RAMBO XTZ- xtz é o modelo da rambo da bike tem travões triangulares os verdadeiros da altura de 1995 mas eu gostava de saber onde posso encontrar o site da marca desta mtb pasteleira é que só queria os otoclantes originais da marca e modelo da bike se alguem tiver uma bike igual ou sober o site da marca desta bike por favor diga-me por escrito onde posso encomendar os otoclantes.
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